Resenha: Coroa Cruel



Título:
Coroa Cruel (A Rainha Vermelha vol. 0.1 e 0.2)
Autor: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Páginas: 232
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Sinopse: Duas mulheres — uma vermelha e uma prateada — contam sua história e revelam seus segredos. Em Canção da rainha, você terá acesso ao diário da nobre prateada Coriane Jacos, que se torna a primeira esposa do rei Tiberias VI e dá à luz o príncipe herdeiro, Cal — tudo isso enquanto luta para sobreviver em meio às intrigas da corte. Já em Cicatrizes de aço, você terá uma visão de dentro da Guarda Escarlate a partir da perspectiva de Diana Farley, uma das líderes da rebelião vermelha, que tenta expandir o movimento para Norta — e acaba encontrando Mare Barrow pelo caminho. Esta edição traz, ainda, um mapa de Norta e um trecho exclusivo de Espada de vidro, o aguardado segundo volume da série A Rainha Vermelha.

Coroa Cruel é um livro de contos da série "A Rainha Vermelha" e inclui um conto sobre a mãe de Cal, a rainha Coriane, intitulado “Canção da Rainha”, e outro sobre a Capitã Fairley intitulado "Cicatrizes de Aço". Os dois contos são ótimos, embora tenha gostado mais do primeiro, e, ainda que não sejam imprescindíveis para a leitura dos livros, apresentam perspectivas que contribuem imensamente para a compreensão dos personagens e do enredo, assim como mencionam fatos que serão retomados na história principal.

Alerto que pode haver spoilers de "A Rainha Vermelha". Assim, recomendo que, quem não leu o livro, dirija-se à resenha do primeiro aqui.

Sobre "Canção da Rainha", a história se passa anos antes de "A Rainha Vermelha", desde quando a rainha Coriane conheceu o rei até sua morte, alguns anos após o nascimento de Cal. Fiquei sem palavras com este conto, de tão bom que o achei. Gosto que Aveyard sempre coloca a compaixão dos prateados para com os vermelhos de uma forma a demonstrar que eles não compreendem a verdadeira crueldade dos seus atos. E isto torna-se bastante evidente neste conto. 

O melhor foi ver como a rainha foi enlouquecendo aos poucos por influência de Elara, o que foi maior que todo o seu amor por Julian, por Cal e pelo rei. Foi tudo tão sutil, que não sabíamos se seus pensamentos eram de fato provenientes dos poderes de Elara ou de uma depressão apenas dela. No final, porém, tudo é esclarecido. (O trecho a seguir não é um indicativo do final)
“Elara não disse nada. Porque não há o que dizer, Coriane entendeu. Respirou fundo e desviou o olhar, lutando contra a vontade de chorar. Os medos são meus. Sempre foram. Sempre vão ser. Estava errada antes de chegar à corte, e continuo errada tanta tempo depois.”
O segundo conto, “Cicatrizes de Aço”, passa-se pouco antes dos eventos de "A Rainha Vermelha" e se estende para um período simultâneo. Ele foca na Capitã Fairley e nas suas ações dentro da Guarda Escarlate durante o período que antecede a descoberta dos poderes de Mare. Admito que preferi o primeiro conto, pois “Cicatrizes de Aço” detalha mais as guerras e estratégias da Guarda. Todavia, é interessante justamente para conhecer um lado da história que não é contado nos livros principais e também para conhecer como Shade, irmão de Mare, conheceu Fairley e se envolveu com a causa. 

A saga, que antes seria uma trilogia, será composta por 4 livros. O terceiro livro, intitulado "A Prisão do Rei", foi lançado este ano - haverá resenha nas próximas semanas - e o quarto está previsto para 2018. Os direitos da saga foram vendidos para a Universal, e Elizabeth Banks chegou a ser cogitada para a direção. Porém, ainda não há maiores informações sobre a possível adaptação.

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