Título original: Kingsman - The Golden Círculo
Diretor: Matthew Vaughn
Elenco: Taron Egerton, Colin Firth, Mark Strong, Juliane Moore, Channing Tatum, Jeff Bridges
Duração: 2h e 21 minutos
Sinopse
Um súbito e grandioso ataque de mísseis praticamente elimina o Kingsman, que conta apenas com Eggsy (Taron Egerton) e Merlin (Mark Strong) como remanescentes. Em busca de ajuda, eles partem para os Estados Unidos à procura da Statesman, uma organização secreta de espionagem onde trabalham os agentes Tequila (Channing Tatum), Whiskey (Pedro Pascal), Champagne (Jeff Bridges) e Ginger (Halle Berry). Juntos, eles precisam unir forças contra a grande responsável pelo ataque: Poppy (Julianne Moore), a maior traficante de drogas da atualidade, que elabora um plano para sair do anonimato.
Opinião
Desde que Kingsman - Serviço Secreto chegou e trouxe um novo e melhor ar aos filmes de espiões, esperávamos ávidos por uma continuação. Obviamente que logo após a estreia do filme pipocaram opiniões sobre ele. E notei um movimento unânime: reclamar do tom igual ao primeiro filme. Por quê?
Primeiramente o contexto: Eggsy é agora um agento totalmente funcional da Kingsman e está em um relacionamento sério com a princesa Tilde (já comecei a rir daí). Sua vida, então, está melhor do que nunca. Até que um ataque de mísseis mata quasse todos da agência, excete ele (que estava em um jantar com os pais da namorada) e Merlin. Eles precisam então unir-se a seus primos americanos, os Statesman, para conseguir recursos e descobrir quem é responsável pela tragédia. Descobrimos nessa jornada que a vilã é uma figura tão caricata quanto o Valentina do primeiro filme, que curte uma vibe anos 60 e meio que tentar parecer uma dona de casa dessa época e - mais surpreendente - Harry está vivo. A explicação para isso é, claro, muito digna de HQ's que não querem perder seus personagens. Mas é o Harry. Não vou reclamar.
Em diversas tiradas que utilizam o mesmo humor do original, cenas icônicas adaptadas, umas reviravoltas legais e uma aparição de celebridade que parecia que ia ser cameo, mas se tornou parte de uma sequência muito boa, Kingsman - O Círculo Dourado não se difere da narrativa do primeiro filme, mas agrada bastante. É por isso que a crítica reclama tanto.
Para começar: desde o primeiro, Kingsman é um filme que não se leva a sério. Essa é a graça. Matthew Vaughn criou uma fórmula que funciona para diversos públicos e realmente faz valer a pena o preço (absurdo) do ingresso de cinema. É claro que não se mexe em time que está ganhando e não há nenhum problema nisso. Eu fui no cinema querendo MESMO ver uma auto-celebração. Adorei os links com o primeiro filme e a releitura das cenas. Todas fizeram sentido e deram humor ao filme. Talvez apenas o retorno do Harry tenha sido mal feito e usado apenas pelo apelo sentimental, afinal se tirarmos ele da narrativa, nada mudaria. Já Taron Eggerton está novamente perfeito e único no papel de Eggsy.
No que o filme peca de verdade é em matar quase todos os personagens já desenvolvidos e com quem criamos vínculos e adicionar vários outros que não conhecemos e - numa trama cheia de ação e correria - com quem não conseguimos realmente nos conectar. Pedro Pascal (nosso querido Oberyn Martell) vem aqui na figura do cowboy fodão e com seu laço eletrizado nos brinda com as cenas loucas marcas do Vaughn. Inclusive ele é a estrela da cena-de-briga-de-bar. Channing Tatum - bem caracterizado e combinando com o papel - aparece muito pouco, assim como Jeff Bridges (mas sendo ele o ''Athur'' da Statesman, é perdoável).
Halle Berry é outra que prometia muito mais com o início do arco de sua personagem, mas ficou meio de lado. Ela é um ''Merlin'', mas este no original é crucial na narrativa. Ela não. E a inesquecível cena da igreja não teve seu paralelo (nem seria possível), mas temos o mesmo jogo de câmera na sequêncial final. Já valeu. Senti falta de uma maior exploração dos brinquedinhos dos Statemans (já que eles caracterizam bem os Kingsman).
Disto isso, qual o problema em trazer um novo vilão bizarro e excêntrico (Julianne Moore, muito carismática, assim como estava Samuel L Jackson)? Um bom filme de espião precisa ter. Qual o problema de termos novas piadas sobre sexo anal? Foi bem colocado para identificação dos fãs. Qual o problema da nova cena de briga no bar? Foi assim que foi apresentada a sequela do Harry e o agente Whiskey. E, senhor, qual o problema de uma celebridade protagonizar parte da melhor cena? Eu certamente não esperava por aquilo e foi ótimo. Ri bastante.
O que se está precisando por parte da mídia especializada é entender que às vezes só precisamos de um ótimo filme, com boas cenas de humor, uma narrativa confortável e interessante, bem familiar. Filmes são entretenimento antes de tudo, afinal. E nisso Kingsman arrasou.
Aaah estou louca para assistir a continuação de Kingsman! Também fiquei surpresa com o retorno do Harry e gostei da adição de vários atores conhecidos, principalmente o Pedro Pascal <3. Sua crítica está incrível e me deixou mais curiosa ainda para conferir esse filme. Bjss!
ResponderExcluirOlá Grazi, tudo bem?
ResponderExcluirConfesso que não conhecia esse filme, mas fiquei bastante interessada na sua dica
Curto filmes familiares que nos tragam boas risadas e esse filme parece ser bem isso. Como não assisti o primeiro ainda vou começar por ele e já aproveito e faço maratona com a continuação.
Amei a sua critica, e concordo com você. As vezes tudo o que a gente espera de um filme é relaxar um pouco e sorrir
beijos
Não tinha ouvido falar desse filme ainda e confesso que não me interessei muito, por isso dessa vez vou passar a dica! Beijos
ResponderExcluirOlá!!
ResponderExcluirEu adorei o primeiro filme e estou mega ansiosa para conferir o segundo, depois da sua resenha essa vontade só aumentou!
Beijos
Acho que o roteiro deste filme foi muito criativo e foi uma peça clave de êxito. Adorei a participação de Jeff Bridge, é um ator multifacetado, seu papel é muito divertido e interessante. O vi também em Homens de Coragem, é muito bom. É interessante ver um filme que está baseado em fatos reais, acho que são as melhores historias, porque não necessita da ficção para fazer uma boa produção. Gostei muito de Homens de Coragem, não conhecia a história e realmente gostei. A história é impactante, sempre falei que a realidade supera a ficção, acho que é um dos melhores filmes de Miles Teller . Super recomendo. É impossível não se deixar levar pelo ritmo da historia, o elenco fez possível a empatia com os seus personagens em cada uma das situações.
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