Título: Entre o amor e a vingança
Autor: Sarah MacLean
Editora: Gutenberg
Páginas: 304
Onde comprar: Saraiva
Sinopse: O que um canalha quer, um canalha consegue... Uma década atrás, o marquês de Bourne perdeu tudo o que possuía em uma mesa de jogo e foi expulso do lugar onde vivia com nada além de seu título. Agora, sócio da mais exclusiva casa de jogos de Londres, o frio e cruel Bourne quer vingança e vai fazer o que for preciso para recuperar sua herança, mesmo que para isso tenha que se casar com a perfeita e respeitável Lady Penélope Marbury. Após um noivado rompido e vários pretendentes decepcionantes, Penélope ficou com pouco interesse em um casamento tranquilo e confortável, e passou a desejar algo mais em sua vida. Sua sorte é que seu novo marido, o marquês de Bourne, pode proporcionar a ela o acesso a um mundo inexplorado de prazeres. Apesar de Bourne ser um príncipe do submundo de Londres, sua intenção é manter Penélope intocada por sua sede de vingança - o que parece ser um desafio cada vez maior, pois a esposa começa a mostrar seus próprios desejos e está disposta a apostar qualquer coisa por eles, até mesmo seu coração.
Entre o Amor e a Vingança é o primeiro livro da série sequência de Os Números do Amor. Ele conta a história da Penelope Marbury, que foi noiva do Duque do Desdém, hoje em dia marido da Juliana, que conhecemos em Onze leis a cumprir na hora de seduzir. Ainda bem que a série já começa falando sobre ela, porque a coitada merecia algo melhor trabalhado para ela que foi a injustiçada da série passada. A pobrezinha saiu de noiva-modelo para noiva-desastre e em quase dez anos só recebeu pretendentes decepcionantes enquanto via seu ex-noivo completamente apaixonado pela esposa e formando uma linda família.
E depois de tanto tempo vendo seu futuro e sonhos indo por água abaixo, ela decide mudar suas prioridades. É quando entra na história o marquês de Bourne que havia perdido todos os seus bens num jogo de cartas e jurou vingança contra aquele que antes era seu protetor. Este acaba perdendo as antigas terras de Bourne nas cartas também... para o pai de Penélope. Já entendeu onde isso vai dar, né?
Bourne usa de meios bem ridículos para conseguir fazer com que Penélope se case com ele e nesse ínterim, descobrimos que os dois eram amigos na infância e que ela nutria alguns sentimentos por ele. Os capítulos são intercalados por trechos das cartas que eles trocavam. É um recurso muito legal para nos fazer gostar do casal e torcer para que o Bourne afaste a escuridão de sua vida e aceite os conselhos do seu misterioso sócio, Chase, sobre ser um bom marido para Penélope.
Já Penélope está cansada de viver cheia de regras e expectativas, mas nunca atingir a felicidade e decide que já que está casada, dali por diante, vai viver como bem entender. Chase ajuda ela a entrar escondida no Anjo Caído e Bourne vai precisar aprender a lidar com a nova e sensual personalidade de sua esposa.
A trama do livro acaba sendo uma das mais clichês do universo dos Romances de Época, com tudo trabalhando na ''cura pelo amor'', com o libertino apaixonando-se pela mocinha que, apesar de ter desistido de seus sonhos de amor em busca da liberdade, acaba conseguindo de qualquer forma pois ela. Mas e daí? Não é por isso mesmo que nós lemos esses livros? Eu amei! Fiquei tensa, ri, me emocionei. É isso que importa. Enredo ruim é apenas aquele que não causa emoção alguma no leitor. E a Sarah MacLean está muitíssimo longe de conseguir fazer uma trama chata o suficiente para isso.
O que eu mais gostei sobre a construção dos personagens é que apesar da Sarah já ter iniciado com a Callie (de Nove regras a ignorar antes de se apaixonar) toda a coisa das mocinhas perdem as amarras da sociedade, a Penélope ainda consegue ser original e divertida, assim como o Bourne não é encantador de primeira. Nem de segunda, aliás. Ele vai crescendo aos poucos para o leitor e isso torna a leitura muito legal.
Sobre a edição, vi alguns erros de revisão que não marquei (que vergonha) então não sei apontar quais foram, mas lembro de serem questões de digitação mesmo. Um ponto final faltando ali, uma letra acolá, mas nada que atrapalhe a fluidez da leitura. A diagramação é fofa, com as passagens de tempo divididas por uma pena que ressalta a história do casal. O início de cada capítulo também tem alguns enfeites. As folhas são amareladas! Adoro. A capa e contra capa não tem defeito nenhum, são bonitas mas eu diria que as poses das mocinhas dos três primeiros livros da série inteira são bem genéricas. Ao menos as cores dos vestidos combinam com elas.
Fiquem ligados para as próximas resenhas da série! Pretendo postar uma por semana. Espero que tenham curtido, porque eu adorei demais! Sarah MacLean com certeza é uma das minhas escritoras favoritas.